sobre o cravo e a rosa
Tudo voltará ao normal,
Disse a flor a si mesma, despetalada.
O que o cravo lhe mexia?
Ou: quanto o cravo lhe continha?
A pergunta não calaria jamais.
Tu voltarás ao normal, repetiu
O encontro é só um rebuliço!
Perdido.
Um coração disparado e um batom borrado
De que vale tudo isso, se ainda nem começamos o infinito interminável?
Tudo voltará ao normal,
Debaixo dessa sacada
E também em cima dela,
Depois de qualquer encontro,
O resto é silêncio.
Depois de qualquer encontro, o resto,
Saudade.
E a saudade tá dentro do normal.