domingo, 8 de janeiro de 2012

Um pouco mais de blush para as rosas pálidas...


Cansada de contar histórias pálidas de rosas que se perdem em tanta palidez desengraçada, resolvi começar 2012 com bastante blush, pensando em juntar aquela rosa pálida à qual sempre descrevo ao grupo das rosas coradas, aquelas que têm as bochechas mais rosadas, os corações mais encorajados e os lábios mais amados.
O problema disso tudo, daí tanto tempo em dizer qualquer blefe, é o medo.
Passar blush numa bochecha tão pálida, vivendo em desespero, significa medo do que possa vir. Do desconhecido, aquele que aparece lá e cá, perdido.
Passar um pouco de blush implica também colocar alguns brincos, alguns colares, olhares, segredos. Implica não ter medo de jogar demaquilante em toda a maquiagem borrada e passar tudo de novo, do começo.
Passar um pouco de blush, colocar alguns brincos implica, talvez, e também, passar um pouco de gloss e, sem dúvida, uma rápida olhadela no espelho...
Eis o momento mais temido: quem é esta? Aquela rosa tímida, pálida, que corre atrás de tudo que é bobo e perdido? Ou a que conquista, vai à luta e chega aos seus objetivos? Aquela que muda, se nada der certo, sem sofrer tanto, porque sabe que, depois de uma noite escura, sempre vem uma manhã de sol? Aquela que se encoraja a trabalhar duro, mesmo quando nada lhe foi garantido na esperança de que um dia seu trabalho seja reconhecido? Ou apenas uma rosa pálida perdida e com medo?
Pois bem, é neste momento que se encontra esta rosa a quem dedico alguns dos meus minutos a tanto tempo... Pois imagine que está ela, agora, exatamente neste instante, diante do seu pálido espelho...