domingo, 28 de agosto de 2011

ultimos versos de uma rosa pálida.


já faz algum tempo que a rosa pálida empalideceu.
de lá pra cá tem ficado cada vez mais descorada,
de modo que o caminho é despetalar-se em gotas de orvalho.
Anda assim, xoxa, sem graça, sem espinhos, nem folhas.
talvez esteja até seca, de tanto esperar por cravo perdido,
puro devaneio, dedicado ao não desejo; pretexo.
Pobre rosa, outrora já até floreceu e hoje padece em medo.
De modo, que, para os proximos textos, devo procurar outra flor, essa já não dá muito enredo...

domingo, 22 de maio de 2011

um pequeno flash-desejo para uma singela rosa palida

O cheiro de dende, mascando um chiclete, é disfarçado.
As bochechas palidas, com blush foram coradas.
Seu cabelo, repenteado.
seu salto 15 bate no chão sem mudar o ritmo.
No mesmo andamento em que o batom é retocado.

Ele finalmente chega.
Ele repara, "está linda".
Ela sorri, está timida.

Tomam um cafe e um chopp;
Sorrisos,
Nada alem disso.

Ela decide "eu vou indo"
Ele pede pra reve-la, causando ao seu estomago um estonteante rebuliço.
ela assente que sim, surpreendida por um beijo.

A rosa pálida, de tão corada,
vai pra casa.
Sem mais, o pobre cravo faz o mesmo.

domingo, 17 de abril de 2011

Poema pálido aos escrevedores de poesia.


O IMPOSSIVEL

o impossivel é um querer não permitido e descabido.
desmedido,
ingrato,
sozinho.
Inalcançável que é, é poético,
melodico,
desentendido.
Sonhado.
Tenta, derrama lagrimas inconvenientemente.
É inacreditável,
impossivel.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um dia de espectadora de Big Brother

Ontem, enquanto cozinhava, me dei ao direito de ver porcarias na TV.
Já estava eu indignada com o fato de o autor ter matado a única oponente do sujeito na melhor (mesmo sendo péssima) situação dramática da novela, ou seja, destruindo a situação dramática.
Foi quando, para minha surpresa, acabou a péssima novela e começou a seguinte: O Big Brother.
Nunca havia assistido nenhum capitulo desta temporada e resolvi então me permitir (já que era o momento) ficar ouvindo bobagens.
A gente sempre discute o quão real aquilo é. Outro dia uma amigo escutou a psicóloga dos Reality shows dizer que tudo é manipulado.
É, de fato. É tão manipulado que se utiliza das regras mais simples de dramaturgia para fazer parecer real.
Ontem, o episódio era de prova do líder. Aparentemente tratava-se de uma prova de “Alea”, aleatoriedade. No entanto, nos primeiros dois minutos, analisando quem saia e quem se indicava, era previsível que quem ganharia era o “Igor”. Logo ele saiu e em seguida uma amiga dele recebeu a chance de trazer alguém de volta ao jogo e o escolheu. Nesse momento, disse, para mim mesma, mesmo ainda faltando para a prova terminar, “ele é o herói da vez” e, advinha? Ele ganhou e ainda eliminou da prova a que tinha o eliminado no início.
Seria eu uma “Tirésias” da telenovela? Não. Apenas tudo se trata de uma grande novela. Num novo formato. Mas não deixa de ser novela. E, pior, na décima primeira edição, já está tão previsível quanto os folhetins bobos que costumamos assistir e decifrar o enigma já no primeiro capítulo...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Pequena e boba reflexão sobre rosas...

Há quem diga que tudo não passa de uma grande besteira.
Eu, cá com os meus botões, confesso que sinto pena das rosas do tipo pálida.
se enfeitam de blush, mascam chiclete e se preparam para vê-los.
No entanto, não conseguem.
Seja porque não saem de suas brumas, seja porque, simplesmente, são cegas.
Pior do que isto, na verdade, é que, às vezes, é possivel se pensar que elas são invisíveis.
Que na verdade até vêem os cravos, mas, não sendo vistas, preferem fingir que não os veem a assumir a dor de ser invisível.
Na verdade, dentre todas as rosas, sabemos que são as mais feias, mas, nem por isso, deixam de ser interessantes, inteligentes, ou, simplesmente, amáveis.
Mas, ainda assim, as rosas pálidas, são sofriveis a tal ponto que, mesmo acompanhadas sentem-se sempre muito sozinhas.
Mas, sem dúvida, essa é a sina das rosas pálidas, coitadas, sofrendo em seu canto o desamor intenso. Há quem diga, como já comentei, que isso não é problema, também não acho que seja, mas eu que não sou boba, nem rosa, nem pálida, não podia deixar de parar e refletir sobre estas pobres coitadas...